Quando um garimpeiro encontra a almejada pedra preciosa, é imensa a satisfação. Tanta espera valoriza ainda mais o achado. Algo raro elimina a monotonia do cotidiano. Um bom e curto evento torna-se esperado ansiosamente pela sua reedição.
Desde 2003, o Campeonato Brasileiro de Futebol tem duração de maio a dezembro. Tornou-se gigantesco, cansativo e enfadonho. Sempre aos domingos tem jogos. O ano inteiro, praticamente, vemos partidas do mesmo certame. A fórmula de disputa e as cotas de televisão favorecem vencedores, unicamente, dos estados: São Paulo e Rio de Janeiro.
Na década de 1990, todavia, os estaduais encerravam-se em junho. Ficávamos os trinta e um dias de julho aguardando a vinda do Brasileirão, em agosto. Nessa transição, havia compensação: alguns clubes realizavam excursões no país ou no exterior e retornavam às suas sedes com os bolsos cheios de receitas. Outros faziam uma pré-temporada para recuperar atletas lesionados e preparar fisicamente o grupo de jogadores.
Os estaduais não podem ser extintos. Jamais! Sendo um cidadão interiorano. Certamente, pretendo ver o time da minha cidade vencendo um grande da capital. É tradição histórica. Entendemos que o nacional deve ser reduzido.Trará menos gastos para a CBF e para os clubes. Mais confrontos decisivos, crescimento na média de público. Valorização semelhante a de uma rara pedra preciosa.
Deixem os Europeus com seus Pontos Corridos!
Colunista: Pedro Silveira
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Concordo com você e não gostei de quando se mudou para os pontos corridos e tive muita resistÊncia.
ResponderExcluirDepois com o passar dos anos, me acostumei, mas como vc mesmo disse, é cansativo, gigantesco.
Até defendo o sistema de pontos corridos pro brasileirão, contando que seja somente de 1 turno, aí sim.
Também sou fã dos estaduais e não vejo a menor possibilidade da extinção deles pois acabaria com a magia e com a graça do futebol brasileiro!
Abração