Em uma gama de ocasiões, verificamos o desespero de administradores de clubes de futebol diante de dívidas trabalhistas, multas rescisórias, atrasos de salários, premiações, ausência de patrocínio, nulas revelações das categorias de base, conflitos entre treinadores e elenco. Situações corriqueiras na maioria dos pequenos e médios clubes do Brasil.
No cerne desse desespero está o despreparo. Uma considerável parcela desses mandatários são empresários, jogadores e técnicos aposentados ou torcedores de longa data. Não se exige deles uma graduação e um estágio supervisionado. Em contrapartida, na Europa, é sabido que funcionários das equipes cursaram todas ou pelo menos uma dessas disciplinas esportivas: Direitos Desportivo e Trabalhista, Gestão, Marketing e Publicidade, Assessoria e Psicologia. Esses europeus são efetivamente qualificados para o exercício das funções. Capacitados para lidarem com imprevistos.
Nossos dirigentes necessitam de estudo. Caso não disponham de tempo para se deslocarem às instituições de ensino, poderão acessar em casa ou no trabalho as matérias em EAD (Ensino à Distância). Assim, evitarão que empresários e jogadores façam os times de reféns, saibam confeccionar melhor os contratos de trabalho dos atletas, aumentem as receitas das agremiações, invistam mais na base e nos ativos à longo prazo (estádio moderno e academia próprios, incremento do programa de sócio-torcedor). Promovam o crescimento estrutural. Sucessivamente a isso, virão as conquistas.
Colunista: Pedro Silveira
Twitter: @PedroSilveira7
Nenhum comentário:
Postar um comentário