Da esquerda à direita: Lucho González, Scocco e Saviola |
A mentalidade colonial portuguesa ainda impera no Brasil. Ideias, mercadorias, cultura, pessoas do exterior possuem grande valor em detrimento das nacionais. Não diferente disso, nosso futebol exala essa essência lusitana: comprar pronto ou ao invés de produzir.
O que adquirimos pronto? Jogadores argentinos. Se vestiu a camisa da seleção, marcou gols no Apertura/Clausura ou recebeu elogios da crônica esportiva hermana então, será alvo de propostas de clubes brasileiros. Caso contratado, assumirá lugar de destaque por aqui.
E quanto aos garotos oriundos das categorias de base? Com o discurso de temor em serem "queimados", raramente, são utilizados. Em contrapartida, quando uma equipe enfrenta adversas situações financeiras, os jovens tornam-se os protagonistas. A grande maioria dos dirigentes daqui não são formados de forte personalidade e se rendem à pressão da torcida por títulos. Por isso, gastam suntuosos empréstimos em contratações em busca de taças. Não aguardam com cautela a maturidade de uma atleta. Os cartolas esquecem-se se um desses jovens for vendido, o valor recebido pode compensar o tempo esperado. Devido a esse desinteresse, vemos as categorias juniores e juvenis das agremiações sendo, praticamente, vendidas a empresários. E os times, gradativamente, mais paupérrimos.
Os argentinos nos ensinarão a conquistar o Hexacampeonato Mundial?
Colunista: Pedro Silveira
Twitter: @PedroSilveira7
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