sexta-feira, 22 de agosto de 2014

Uma Decisão e Milhares de Complicações




   Uma mudança onde está certo pode criar outras complicações e acarretar situação irreversível.
   Ricardo Drubscky recebeu a meta de utilizar os pratas-da-casa. Fazê-los jogar nos profissionais. Ele sabe trabalhar com jovens. Isso é valorizar o patrimônio do clube, os garotos. E essa é uma rara capacidade para um treinador brasileiro. A maioria de outros comandantes das Séries A e B não conseguem revelar novas promessas. Trabalham, somente, com jogadores prontos. 
   Um planejamento iniciou-se em maio com Drubscky. Os seis meses no clube permitiram-no conhecer bem os atletas: qualidades e defeitos. Metas e prazos foram estabelecidos para o Brasileirão. Derrotas foram previstas, especialmente, para equipes mais difíceis. Grande parte dos times sofrem oscilação durante um longo campeonato. Sequências de bons e maus resultados ocorrem. Alcançou vitórias sobre Atlético-MG, São Paulo, Botafogo e segurou a pressão do Grêmio, em Porto Alegre. Ensinou Thiago Mendes a finalizar com precisão.
   A mudança da comissão técnica pode encerrar a evolução, o processo de maturidade e comprometer o entrosamento dos jogadores, a caída para a zona de rebaixamento e a permanência nessa posição. Troca de comando é quebrar uma metodologia no meio da competição. Será que o novo técnico terá paciência e qualificação para seguir os caminhos de revelação da mocidade? A garotada se adaptará à nova filosofia? É um risco essa interrupção na equipe. Possivelmente, veremos a continuação dos tropeços. A Demissão significará que a total culpa é do treinador. Mas a diretoria é a verdadeira responsável pelo mau momento. 
   Os dirigentes precisam buscar patrocínio. Pagarem com pontualidade salários e premiações. Caso não consigam apoiadores financeiros, deverão passar pela missão de captar empréstimos - linha de crédito para evitar o descenso. E outra boa medida é ir ao mercado sul-americano. Com menos de 100 mil mensais, é possível se encontrar bons camisa 10 e goleador disponíveis no Uruguai, Argentina, Chile, por exemplo.¹     


Nota
1. Conforme correção do leitor Silvio Araujo, já se encerrou o período para as contratações do exterior. Todavia, bons jogadores das Séries B e C podem ser outra opção.

Colunista: Pedro Silveira
Twitter: @PedroSilveira7
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