Goiás: Planejamento 2015

Sérgio Rassi

   O biênio 2013/2014 trouxeram boas lições para o Goiás. A partir da experiência vivida nesse período, alguns conceitos precisam ser revistos e algumas medidas, sedimentadas.

Que lições foram essas? 

• As categorias de base do clube possuem estrutura e material humano capazes de sempre fornecerem bons valores ao grupo de profissionais;
• Constituição do elenco profissional com maioria de pratas da casa - baixos gastos mensais.
• Diretoria decreta a todos os futuros técnicos: mais oportunidade e sequência de jogos para os pratas da casa. Esporádicas, mas substanciais contratações.
• Se em 10 anos, fez ressurgir no cenário nacional Paulo Baier, Iarley, Marcelo Costa, Walter, Renan (goleiro), Rodrigo (zagueiro), William Mateus, Hugo, Vitor, Alex Dias (Pantaneiro), Leandro (atacante), Léo Lima, Roni (ex-Vila Nova) e colocou em evidência Samuel, Sasha, Renan Oliveira, Ricardo Goulart, Jackson (zagueiro), David, Léo Bonatini, Esquerdinha (meia) e Esquerdinha (lateral-esquerdo), Roni (ex-São Paulo), Tabata, Leandro Euzébio, Fernando (irmão de Carlos Alberto), Grafite, Dimba, Romerito, Souza (centroavante); tem capacidade de recuperar e formar na própria casa excelentes profissionais da bola.   
• Presença de Psicólogo Especialista em Esporte para aconselhar garotos na fase de transição da base para os profissionais. Auxiliá-los a lidarem bem com a nova realidade na carreira.
• Para contratações, o Diretor de Futebol não pode aguardar recomendações de empresários e/ou DVD. Ao contrário, O dirigente ou um representante do clube com especialidade viaja para assistir a jogos pelo país e exterior com o objetivo de encontrar bons e baratos reforços.  
• Noção de Gestão Esportiva/Gestão de Pessoas é uma condição básica necessária para alguém assumir a Direção de Futebol. A qualificação é indispensável para evitar, principalmente, atritos financeiros entre atletas e agremiação.
• Com o objetivo de divulgação da marca da instituição em âmbito internacional, retomar o Curso de Futebol para jovens estrangeiros. Os destaques podendo ser integrados às categorias de base do esmeraldino.
• Jamais abrir mão do teto salarial. Importante sempre a manutenção desse limite. Tal postura demonstra seriedade e responsabilidade com os recursos institucionais. O teto, em breve, será seguida pelos demais times brasileiros. Especialmente, os desmedidos gastadores do RJ, SP, MG e RS.   

Para 2015, recomendamos três suficientes contratações para iniciar muito bem os trabalhos.

1. Treinador: sugerimos à diretoria analisar dois nomes: Sérgio Soares (ex-Ceará) ou Eduardo Húngaro (com larga experiência em Sub-20 e  comandou o Botafogo-RJ na Libertadores 2014).
2. Lateral-direito.
3. Centroavante.

3.1. Se Alex Alves não se adaptar à zaga pela direita, contratar um zagueiro experiente.

*Se não houver sucesso para encontrar bons reforços no Brasil, recorrer aos mercados da América do Sul e se possível, ao africano - menores exigências salariais. 

   Ao novo técnico, recomendamos a manutenção do esquema tático do Biênio 2013/2014, devido à familiaridade do grupo com ele. Veja:

4-2-3-1 com variação para o 4-4-2, 5-2-2-1, 5 -3-1-1.       

Escalamos o Goiás do Campeonato Goiano e Copa do Brasil 2015

1 - Renan                                  12- Paulo Henrique/Mateus Alves

2- Clayton Sales                         13- CONTRATADO*

3 - CONTRATADO*****              14- Felipe Macedo ou Valmir Lucas** 

4- Pedro Henrique                      15- Alex Alves ou Alef

6- Saturnino                              16- Mário Sérgio 

5- Rodrigo                                 17- Túlio ou Leandro

8- David                                    18- Juliano******* ou Raí

10- Esquerdinha****                  20- Liniker ou Artur***

7- Felipe Amorim                        22- Murilo ou Jarlan

11- Welinton Júnior                     21- Danilo

9- CONTRATADO******              19- Assuério ou Paulo

Legenda dos Asteriscos

*Disputar posição com Clayton Sales. Em 2014, foi extremamente injustiçado. Merece mais oportunidade.
   

**Ou o zagueiro Alef, ou o zagueiro Baiano precisa ser emprestado a outro time, porque reduzirá a quantidade de membros da mesma posição. Lugar interessante para se adquirir vivência na categoria principal é o futebol japonês: clubes com admiráveis estruturas e nesse país, há uma grande colônia brasileira para facilitar a adaptação às diferenças culturais. Um ano é bom período para ganhar experiência. Técnico Augusto do Sub-20 pode intermediar essa ida ao Oriente.

***Meia Ramon precisa ser emprestado e não ter seu vínculo renovado com o clube.

****Esquerdinha é muito promissor. Pode destacar-se ainda mais no próximo Brasileirão. Renovar o contrato com o meia até maio de 2016. Pode despertar interesse de outros clubes e assim, será uma boa possibilidade de vendê-lo por por um considerável valor.

*****Zagueiro contratado não pode ser o Jackson. Além de pertencer ao Internacional-RS, apresenta grave carência em fundamento básico para zagueiro: bolas aéreas. Péssima referência técnica para os jovens defensores do esmeraldinos.

****** Samuel não pertence ao Goiás e teve sequência de partidas sem sucesso. Não pode permanecer no clube. Oportunidade no ataque para Assuério, Paulo e Danilo.

******* É polivalente e pertence ao Verdão. Joga bem de segundo-volante, meia de ligação, meia-esquerda e lateral-esquerdo. Para longas competições improvisações serão necessárias. 

Colunista: Pedro Silveira
Twitter: @PedroSilveira7
Facebook: https://www.facebook.com/comentarios.declasse