Tática dos Goianos para o Brasileirão 2013

   Ao assistirmos a uma série de partidas, nesse primeiro semestre, elencamos as melhores formações dos clubes goianos para a disputa do Brasileirão 2013, nas Séries A, B e C.

Goiás

   Desde o final de 2011, o treinador Enderson Moreira explicitou a preferência pelo 4 - 4 - 2. Adota uma variante desse esquema. Alguns indicam o 4 - 5 - 1,  4 - 2 - 1 - 3 ou 4 - 2 - 3 - 1.  

Perspectivas:

• Zagueiro Valmir Lucas é mais veloz e seguro nas bolas aéreas diante do experiente Rodrigo.
• O jogador ideal para atuar centralizado, à frente dos volantes, é Dudu Cearense. Possui boa visão de jogo, passe preciso, qualidade em lançamentos e satisfatório aproveitamento em arremates de longa distância.
• O meia Hugo precisa de uma maior carga de jogos para mostrar se merece a titularidade. No Grêmio e no São Paulo, rendeu com qualidade pela direita. Seu substituto imediato é Eduardo Sasha.
• Araújo chega com a vaga assegurada nos onze em campo. A idade avançada pode dificultar o rendimento do ataque pela esquerda, pois no esquema de Enderson, os avançados pelos lados devem  marcar os laterais adversários.

Atlético

   Waldemar Lemos usa o 4 - 4 - 2. Possui uma peça-chave no posicionamento: Róbston. Este dá o primeiro combate no adversário, no centro de campo e pela direita. Aguarda os rebotes e arma jogadas, aguardando a movimentação de Pipico, João Paulo e Ricardo Jesus, dos laterais e dos volantes. O peça-chave é muito exigido e isso pode desgastá-lo em demasia, porque o lateral-direito Paulo Henrique não apóia e nem defende tão bem. 

Indicações:

• Contratação de um lateral-direito
• Contratação de um zagueiro experiente
• Contração de um centroavante para ser concorrente a Ricardo Jesus.  
• Dar oportunidade ao Bida, quando retornar. É mais ágil e pode realizar satisfatoriamente a função de Róbston.
• Buscar patrocinadores locais. Mesmo não sendo vultuosas receitas, uma gama de empresas locais no uniforme do clube pode providenciar pagamento de "bichos" e regularizar os salários, evitando atrasos. Trocando em miúdos, pode encher a camisa do time com marcas, já que está difícil obter uma gigantesca empresa apoiadora. 

CRAC

   Hemerson Maria escala o 4 - 4 - 2. Não possui atacante fixo. Danilo e Pantico saem da área e movimentam-se conjugados aos avanços de Willam Amendoim, pela esquerda, e de Jonatan, pela direita. Este meia, em alguns lances, apresenta-se no centro, na entrada da grande área. Além disso, os dois volantes apoiam com frequência o ataque, sobretudo, o Washington. Pantico acumula duas funções: a de finalizador e de criador de lances. Em várias ocasiões, desloca-se para o meio, prende a bola, aguardando os avanços dos seus companheiros e, então, faz lançamentos, passes, 1-2. 

Detalhe:

• O treinador precisa resolver o problema da bola aérea. Os zagueiros têm dificuldade nesse fundamento.
• Compor o elenco com alguns destaques do Goianão e de outros estaduais brasileiros, mesmo porque Pantico foi um achado do futebol nordestino.

Vila Nova

   Hermógenes Neto forma o 4 - 4 - 2. Normalmente, atua com três volantes. Oscilou entre: dois em linha (direita e esquerda) e um avançado (Osmar), encostando no meia; e um à frente dos zagueiros e dois em linha. Caso sejam Marco Aurélio e Elcimar os atacantes para a Série C, haverá um setor ofensivo de considerável movimentação. 

Definições:

• Vitor Salinas e Neto Gaúcho não são ágeis. É necessário, pelo menos, um volante com rápida saída de bola e ágil para acompanhar os avanços velozes de um adversário. O primeiro zagueiro deve ser valorizado, pois é jovem, tem forte personalidade e demonstrou potencial nas bolas aéreas.  A manutenção do outro defensor é importante para a disputa do Brasileirão, porque sua experiência pode acrescentar em tranquilidade para a garotada.
• Caso Luis Marques se recupere, ele deve ser o primeiro volante. Posicionado à frente dos zagueiros. Função esta que faz como poucos.
• A diretoria deve esforçar-se ao máximo para manter Osmar no elenco. Com sua técnica, o meio de campo tem segurança na marcação e no toque de bola. A visão de jogo é apurada e faz passes desconcertantes para as defesas adversárias. Um substituto para ele é Romário. Garoto mostrou em algumas partidas, indícios de que possuirá as mesmas qualidades. Basta ser moldado corretamente. Ter oportunidade para mostrar isso.
• Marco Aurélio precisa permanecer no grupo. Rápido e objetivo pela esquerda. Não é atacante com firula. E Elcimar, no início do Goianão, disse a todos que tem faro de gol.
• André Leonel é um ótimo reforço. Apesar de ter sido rebaixado com o Itumbiara, não foi o culpado e  poderá ser muito útil. É goleador. Ano passado marcou muitos gols pelo CRAC no estadual.
• Contratar um lateral-direito.

   Esperamos sucesso dos clubes goianos em suas séries. O estado de Goiás precisa de maior representatividade no cenário nacional. Devemos deixar de ser coadjuvantes.

Colunista: Pedro Silveira

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