Migalhas a Nordeste, Norte e Centro-Oeste |
"Há um mês, o presidente da Federação Gaúcha de Futebol (FGF), Francisco Novelletto, fez um pedido corriqueiro à tesouraria da Confederação Brasileira de Futebol (CBF). Ele queria o adiantamento da cota da Copa do brasil para um clube do seu estado. A resposta recebida mostrou que algo havia mudado na entidade máxima do futebol brasileiro. O interlocutor da CBF informou ao dirigente gaúcho que, a partir daquele momento, ele deveria conversar com a Federação Paulista de Futebol (FPF) sobre esse tipo de assunto."¹
Com a saída de Ricardo Teixeira do comando da CBF, 12 de março, José Maria Marin, o mais velho dos 5 vice-presidentes, assumiu a entidade. Conjugado a ele, seu fiel conselheiro, Marco Polo Del Nero, mandatário da Federação Paulista de Futebol, ficou em evidência.
Posto isso, partimos do pressuposto de que a mudança na administração da instituição máxima podia gerar posturas mais democráticas. Ao passo que os clamores das regiões menos favorecidas (Norte, Nordeste e Centro-Oeste) pudessem ser ouvidos. No entanto, conforme o trecho em destaque, acima, ficamos decepcionados. Fazemos, então, um prognóstico do esporte mais popular em nosso país: a distância entre os clubes mais ricos e os mais pobres aumenta-se, a cada mês, em progressão geométrica. O dinheiro da televisão poderia diminuir tal distanciamento. O emprego dele, contudo, nos últimos anos, catalizou ainda mais essa disparidade, pois o concentrou nas mãos, sobretudo, dos grandes paulistas e cariocas.
- Será que realmente os clubes paulistas merecem maior atenção em detrimento dos demais?
- Há possibilidade de se mudar o estatuto da Confederação Brasileira de Futebol e de se estabelecer eleições diretas?
- A tendência é o Brasileirão Série A se tornar um torneio Rio-São Paulo?
- Marin é um fantoche do Del Nero?
- É viável aumentar a cota de TV para os estaduais?
Colunista: Pedro Silveira
Twitter: @PedroSilveira7
Fonte:
¹ Revista Isto É, ano 36, edição 2214, Abril/2012, pp. 80-82.
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